Fui, em tempos, uma daquelas pessoas chatas que desdenhava os robots de cozinha só porque sim. Toldada pelas más experiências proporcionadas por equipamentos antigos e obsoletos à mercê de aselhas que não sabem cozinhar, pensava que a Bimby (que só é Bimby em Portugal e em Itália, no resto do mundo é a Thermomix) só servia para fazer mistelas tipo papa, insossas.
Argumentava que a única parte que me aborrecia na cozinha era ter de descascar legumes e que isso era algo que a Bimby não fazia. A verdade é que ninguém compra um robot tão caro para descascar legumes, mas…
A Bimby descasca legumes.
Eu descobri há coisa de um ano, quando um proprietário de uma destas belas máquinas mo disse, mas continuo a ouvir esta mesma lengalenga por parte de amigues e colegas. Agora sou eu quem responde e vê a surpresa na cara des outres.
Regressando ao dia em que tomei conhecimento de que, afinal, a Bimby também faz essa tarefa chata, através de uma peça que protege a lâmina e “depila” tudo o que é batata, nabo, cenoura, alhos e por aí vamos. Foi neste momento que dei o braço a torcer e lá me dispus a assistir a uma demonstração numa loja da marca.
Convenhamos que, realmente, o último modelo da Bimby, a TM6, encosta qualquer outro robot de cozinha a um canto, incluindo as suas antecessoras. É intuitiva, extremamente tecnológica, tem mais capacidade e aquece a temperaturas mais elevadas que as velhinhas máquinas que lhe foram dando alguma má fama, a par do uso de certa gente que não entende nada de culinária.
A Bimby não ensina a cozinhar, mas ajuda muito quem sabe os princípios básicos e quer optimizar a cozinha.
Vi receitas algo complexas a saírem na íntegra da TM6 em cerca de 1h. A temática era a Páscoa, portanto, até um Folar de Valpaços foi feito ali, diante dos meus olhos e sem esforço humano. Vi idoses a manusear o equipamento com tal familiaridade que parecia bruxaria. Comprei na hora! Não foi preciso ver mais nada para saber que queria uma Bimby na minha cozinha. Consegui antever que a poupança em serviços de entrega de comida ao domicílio mais do que compensava o investimento.
Decorrido 1 ano, claro que tenho defeitos a apontar – é tão fácil e prático mexer na máquina, que os pecadinhos da gula estão à distância de 2 ou 3 cliques. Brigadeiros em 20 minutos? Temos. Bolos? Check. Comida para uma família inteira? É escolher. E o que poupo em refeições prontas e serviços de entrega de comida ao domicílio dos quais estava a abusar? Faço as minhas receitas sem 1/10 da intervenção que os métodos convencionais exigem. Não há máquina que faça sopas e molhos tão cremosos, perfeitos.
Não o faço sempre (há quem tenha mais método), mas acabei por poupar também em coisas como polpa de tomate, molho bechamel, pão/massa de pizza, iogurtes, caldos, manteigas, leites vegetais, doces e outras conservas que posso fazer em casa sem perder muito tempo.
Já várias pessoas amigas se renderam à máquina depois de tantas coisas boas que lhes preguei, de tal modo que já ponderei tornar-me embaixadora da Bimby. Enquanto os meus dias não chegam para tudo, vou-me ficando pelas invenções da cozinha em pirâmide (na varoma, pois claro!), poupança em básicos de culinária e gulodices, tanto com o auxílio do Cookidoo como em modo freestyle com as minhas receitas do costume.
Anotem o que vos digo, se ainda não se renderam: uma Bimby muda muito a nossa relação com a cozinha, com a economia doméstica e com as rotinas familiares!
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